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Dilson Ribeiro

Natural de Barreiras, Dilson Ribeiro de Souza nasceu em 1º de novembro de 1930. Autor de nove livros foi um dos fundadores da Academia Barreirense de Letras, ocupou a cadeira de nº 08 e tinha como patrono Antônio Vieira de Melo.

Faleceu dia 20 de dezembro de 2012, em Brasília (DF), cidade que ele testemunhou o nascimento e crescimento como jornalista e escritor e onde morou a maior parte de sua vida.

A seguir um texto sobre a sua vida e obra, encaminhado pela família através da amiga Adilma Vilela, assim como o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=VYT98wOIj44:

Biografia

Autor de vários livros que perpassam desde temas jurídicos, pois participou ativamente da luta pela adoção do divórcio no Brasil, Dilson Ribeiro tem a ilustrar a sua biografia uma vasta experiência como jornalista, profissão a que se dedicou a partir dos dezenove anos de idade. Suas primeiras reportagens foram publicadas no Diário da Bahia, jornal que acolheu figuras como o conselheiro Ruy Barbosa, o deputado Vieira de Mello, o professor Adroaldo Ribeiro da Costa e o jornalista Otacílio Lopes, todos eles expoentes de um período marcante da imprensa baiana.

Em 1953, Dilson Ribeiro deixa a velha Salvador e vai residir no Rio de Janeiro, onde ingressa na faculdade de Direito da atual UERJ e passa a militar no Diário Carioca. Posteriormente torna-se cronista do jornal Última Hora, dirigido por Samuel Wainer, que o credencia junto à Presidência da República, durante o governo do Sr. Juscelino Kubitscheck, com a incumbência de registrar para a história a grande obra administrativa que viria a ser realizada. Esse trabalho seria, em 1980 e 2002, condensado nos livros No Reino dos Tecnocratas e O Repórter e o Estadista JK, em que a transferência da capital da República para o Planalto Central é contada com engenho e arte. Assinale-se que No Reino dos Tecnocratas, como o próprio título sugere, traz à pauta aspectos do regime discricionário implantado no país em 1964.

A década de 60 tem particular importância na vida do jornalista e escritor Dilson Ribeiro. Naquele período ele assume a direção de um dos primeiros diários editados em Brasília, Crítica, a que impôs uma orientação nitidamente nacionalista. Entrando em conflito com o governo militar, teve de retornar ao Rio de Janeiro e ingressar na Tribuna da Imprensa, assumindo, em 1968, a sua direção, em uma fase conturbada daquele jornal, que também se opunha aos governantes instalados no Palácio do Planalto.

Em 1969 volta a residir em Brasília e a dirigir a revista O Espelho, fundando, com o apoio dos jornalistas Roberto Piza e Hugo Studart, a revista Sou & Estou, que, apesar de ter curta existência, é de indiscutível importância na história da imprensa brasiliense, por sua qualidade editorial.

Se recuarmos mais no tempo, vamos encontrar Dilson Ribeiro, ainda muito jovem, em 1961, como chefe de redação do primeiro jornal editado no Planalto, O DC – Brasília, e, posteriormente, como editor-chefe da Folha de Brasília.

Na imprensa, um dos temas que sempre foi objeto das preocupações de Dilson Ribeiro refere-se à defesa dos recursos naturais, o que o levou a escrever o livro Memórias de um Pássaro (1972), onde fora inserida uma crônica, Brasília e a Natureza, que obteve o primeiro lugar em concurso realizado pela revista Casa & Jardim, em 1968. Foi, sem dúvida, o reconhecimento à beleza de um estilo que foge ao convencionalismo de textos que apenas contam uma historinha, sem maior pretensão. Dilson Ribeiro faz crônicas com um colorido diferente, “un estilo perfecto”, no dizer da revista argentina Acción. Da Academia de Letras de Brasília, a que pertence, recebeu o diploma de Honra ao Mérito, por relevantes serviços prestados à cultura, e da TV Brasília o troféu de O cronista da capital da República. Dilson Ribeiro é bacharel em Direito e membro da União Brasileira de Escritores, da International Federation of Journalists, com sede em Bruxelas, Bélgica, e da Academia Barreirense de Letras.

Além dos livros citados, Dilson Ribeiro é autor de Divórcio para o Brasil (1964), Versos do Outono (1983), Cidade & Solidão ( 1995), O Rio de Ondas e o Fim das Águas (2008), encontrando-se no prelo O Amor, o Gênio e a Poesia.

Dilson Ribeiro de Souza é filho de Pedro Mariano de Souza e Zilda do Prado Ribeiro de Souza. Sua cidade natal é Barreiras, no Estado da Bahia.

Segue uma poesia de sua autoria:

SOLIDÂO
 

As solidões caminham em espaços invisíveis,
na corrosão do tempo,
e se alojam como  serpentes,
ou  em garras de abutre
se aplumam vagarosamente...

São milhares de solidão em cada alma,
são milhares sem alma em cada solidão.
Elas me passam em instantes,
como nuvens eternas,
na dupla solidão de uma vida
que não se projeta em monólogos,
pois em  monólogos o tempo se esvai.

Obras

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